Onde os Pistoleiros não têm vez

> Ainda me surpreendo quando as pessoas não conhecem A Torre Negra. Não é uma obrigação é claro, e reconheço que minha obsessão pelas obras de Stephen King às vezes extrapole alguns limites. Mas a saga de Roland é o maior trabalho do escritor, e muitas vezes são de conhecimento público apenas obras como À Espera de um Milagre, Christine o Carro Assassino e Carrie, a Estranha (em situações conhecidos mais pelos filmes do que pelos próprios livros). Os sete livros que contam com quase oito mil páginas e quarenta anos da vida do escritor de suspense são de tirar o fôlego, e isto que ainda não cheguei à Torre em minhas leituras.

> A Torre Negra vem desde janeiro passando de mão em mão por roteiristas, produtores e empresas televisivas de Hollywood. Acontece que o projeto de adaptação das obras para as telas é um tanto quanto complexo, abrange três filmes e duas mini-séries de seis horas cada. Devo dizer que muito me agradou a escolha daqueles que irão dirigir o projeto, Ron Howard é o diretor, conhecido por O Código Da Vinci e Akiva Goldsman é roteirista, que já vez um ótimo trabalho em Uma Mente Brilhante. E para encarnar O Pistoleiro, ninguém menos que Javier Bardem, de Onde os Fracos Não Têm Vez.

> Foi fácil encontrar na internet reclamações de fãs da franquia sobre a demora em se firmar um contrato e dar início às filmagens. Eu diria que é até bom demorar um pouquinho, já presenciamos tantas péssimas adaptações das obras de King, vamos fazer esta (que é a principal) dar certo, caso contrário vai ser apenas mais um daqueles suspenses esquecidos no fundo da prateleira de uma locadora qualquer.

Publicado na edição 053 do jornal Manchete do Vale de Itajaí em 26 de julho de 2011