> Regan ainda me assusta. Claro, não como antigamente, mas fico com uma estranha sensação todas as vezes que assisto O Exorcista. Não sei bem porque, mas não havia assistido suas sequências, então na tentativa de me redimir perante o demônio Pazuzu fiz uma maratona e desfrutei dos quatro longas. Talvez por eu já não ser mais uma criança medrosa, o três filmes de mesmo enredo já não me causaram tanto espanto quanto seu antecessor.
> O segundo filme da franquia é Exorcista: O Herege (Exorcist II: The Heretic, 1977), e é não dirigido pelo escritor do livro, mas por John Boorman. Trata-se de uma sequência do exorcismo feito quatro anos antes na menina Regan MacNeil, traz elementos do primeiro filme e confirma as suspeitas dos espectadores de que o demônio vencera o padre ao final do longa original. Linda Blair é adolescente agora, o que permite a criação de uma imagem mais sensual e tentadora, principalmente pelo fato de não ser utilizada a pesada maquiagem de antes.
> William Peter Blatty volta à cadeira de diretor no terceiro filme ("The Exorcist III", 1990), mas já não havia história para se dar continuidade. Linda Blair não aparece no filme e sua personagem mal é citada. Apesar da tentativa de manter traços do filme original, Blatty trabalha de mãos atadas, fazendo com que a estrela do filme não seja mais Regan, Pazuzu, Padre Karras ou Merrim, mas o próprio exorcismo. O filme se assemelha muito mais a um suspense policial do que ao terror que era a ideia principal.
> Em 2003 o diretor Renny Harlin tenta tirar ouro de uma mina que há muito parecia ter secado. Exocista – Início ("Exorcist: The Beginning") conta com o enredo mais trabalhado das sequências, o novo arsenal de efeitos especiais e novas técnicas de gerar suspense dão ao filme condições de se tornar o melhor de todos. Provavelmente seria se não fosse pelo impacto causado pelo primeiro filme em 1973. A quadrilogia Exorcista não traz grandes filmes nem super produções, mas é parte essencial no quadro de filmes que gera pesadelos em quase três gerações.
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