Calma gente. Eu sei que o filme não é brasileiro. Mas ele merece destaque pelo excelente trabalho realizado por Fernando Meirelles. Já havia lido o livro de Saramago quando assisti o filme, devo dizer que Meireles não foi o nome que me veio a cabeça quando pensei na possibilidade de um filme. Talvez vá parecer suspeito por eu já ter deixado mais que evidente minha paixão pelos trabalhos de Stanley Kubrick, mas acreditava que apenas ele seria capaz de recria o cenário angustiante descrito no livro (que já tem suas particularidades pelo modo que o português escreve). Mais uma vez me enganei, e a reputação do filme prova isso, afinal ele abriu o Festival de Cannes em 2008, e isso não é pouca coisa, vocês sabem. O enredo é sobre uma epidemia de cegueira, mas nem de longe é este o foco da história, trata-se da natureza humana, e de como ainda podemos ser bons, mas como nossa natureza é podre.
Publicado na edição 047 do jornal Manchete do Vale de Itajaí em 17 de junho de 2011
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